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Isaac: a batida de um artista moderno

Updated: Feb 13, 2022

Com projeto principal fundado durante a pandemia, Isaac já demonstra ser uma das grandes potências artísticas que a capital do Ceará gerou.

Apesar de que seu envolvimento com a carreira musical profissional venha sendo construído desde o ano de 2015, Isaac resolveu dar ao pagode o seu espaço de prioridade apenas em 2020, quando se propôs a produzir e reproduzir a música com autonomia e liberdade artística. Entre parcerias e composições-solo, o cantor lançou produções como “Vaidade”, “Território Proibido” e “Cilada”, que reúnem milhares de reproduções e visualizações nas diversas plataformas de streaming audiovisuais.



(Foto: Isaac/Arquivo pessoal)

O repertório, entretanto, não se restringe ao pagode tradicional, já que, em suas apresentações, o artista busca sempre promover a combinação de diversos estilos adaptados ao do grupo musical, como na apropriação de músicas que originalmente pertencem ao rap e ao funk, por exemplo.
“Orgulho, vaidade. A gente perde e quem ganha é a saudade”
- Vaidade (Isaac, 2021)

Assim como consta na trajetória de muitos outros artistas, Isaac teve grande influência do ambiente religioso, ao ponto de que chegou a cantar e compor músicas católicas, o que, de acordo com ele, simbolizava um ato de serviço pela fé. A carreira do cantor foi interrompida ainda em 2015, quando a música não trouxe os resultados esperados por Isaac profissionalmente. Porém, essa interrupção não passou de um intervalo, já que, em 2018, o artista retornou aos palcos. Nesse período, Isaac constituiu o grupo QDS de pagode como backing vocal, ao passo que estruturava paralelamente o seu projeto musical de R&B, já evidenciando o propósito miscigenador que o artista tem na música.

Também nesse momento, Isaac passou a estampar a cena musical de Fortaleza e conquistar o seu espaço no pagode local. Logo, em outubro de 2020, o artista apresentou o seu próprio projeto musical, que foi designado com o nome do cantor. Embora tenha vivenciado as restrições advindas do período pandêmico, o grupo de pagode vem adequando a sua formação entre quatro e sete integrantes, de acordo com o ambiente, e expandindo os palcos ocupados, a exemplo de locais renomados de Fortaleza como o Samba do Vila, o Sunrise Beach Club, o Praiow, o Boteco Seu Domingo e o Colosso.

O cantor considera-se privilegiado por ter sido, desde o início do projeto, acompanhado por uma renomada produtora de eventos e artistas da Capital, a agência After. Isaac reconhece que a cena musical de Fortaleza é, em sua maior parte, orientada por grupos reconhecidos de promotores de eventos, contratantes e, consequentemente, artistas. Nesse sentido, o agenciamento do grupo foi consideravelmente responsável pelas oportunidades alcançadas no contexto local. Não obstante, o cantor pondera que o cenário artístico nacional também é direcionado por fatores convencionais, que envolvem o privilégio do poder econômico e a necessidade da adequação aos ambientes digitais.

“O que me influenciou mais a ser músico hoje foi a minha formação cultural, a música me ajudou muito a entender a sociedade, foi o meu objeto transformador”, reflete ele sobre a importância da arte para a sua construção pessoal e cidadã. Para além da carreira profissional, a relação natural do artista com a música perdura desde que o menino Isaac brincava de cantar e era presenteado com instrumentos musicais, e isso o impulsiona a continuar fazendo da arte o seu futuro e a expectar pela ascensão do pagode no Brasil.

(Vídeo: Isaac/Arquivo pessoal)






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