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Driving Saturn: um DJ cujo nome fala por si

Aos 22 anos, Rafael Moreira Frota procura criar nas pessoas a sensação de "estar dirigindo nos anéis de Saturno" através de suas músicas

Foto: reprodução / Spotify


A música tem o poder de causar diversos efeitos nos indivíduos, a depender de quem a produz e de quem a escuta. No caso do DJ Driving Saturn, há uma preferência declarada por incitar nos ouvintes a psicodelia. "É essa sensação de êxtase que eu quero passar com as minhas músicas: a sensação de estar dirigindo um carro nos anéis de Saturno, de estar tomando um chá com a Alice e o Chapeleiro, de estar nadando com uma baleia, saca?", revela o artista, cujo nome verdadeiro é Rafael Moreira Frota. A inspiração para seu pseudônimo veio de uma arte, vista por acaso no Twitter, de automóveis transitando nos anéis do planeta Saturno. Antes mesmo disso, o jovem músico já cogitava incluir o nome do astro em sua alcunha profissional, em virtude da semelhança com o termo "soturno", com o qual havia se identificado ao descobrir que é um sinônimo de "melancólico".


Driving Saturn é familiarizado com o meio musical desde criança. O pai, que era operador de som de Dorgival Dantas antes de fundar a própria empresa fonográfica, contava com a presença constante do pequeno Rafael nos eventos em que trabalhava. Aos 15 anos, o garoto começou a tocar bateria, participando de cinco bandas na época, das quais nenhuma durou muito tempo. Ainda nesse período, aventurou-se no violão, piano e violino, em nenhum dos quais conseguiu desenvolver-se muito bem, contudo. Já com 18 anos, finalmente descobriu sua vocação quando produziu suas primeiras músicas no computador. O jovem promissor enfim havia encontrado o "seu instrumento", como seu irmão costuma dizer. A princípio, seus pais apoiaram a iniciativa, mas a verdade é que não ficaram muito felizes com sua decisão de ganhar a vida com aquilo - uma reação até previsível, que frequentemente constitui um drama para quem sonha com uma carreira musical. "Mas a gente ganha a confiança mostrando serviço, né? E depois de bater na mesma tecla por 4 anos, eles (os pais) finalmente começaram a acreditar tanto quanto eu na possibilidade de fazer o jogo virar seguindo o meu sonho", relata Driving Saturn.


A confiança da família foi conquistada com resultados convicentes. O DJ venceu dois concursos de remix. O primeiro, em dezembro de 2020 - logo após adotar seu atual nome artístico -, era de âmbito nacional, organizado pela Universal Music Brasil, e rendeu-lhe como premiações a veiculação do seu remix no canal do YouTube da gravadora e um equipamento profissional, que o possibilitou começar a tocar em eventos e ganhar dinheiro com aquilo. Já o segundo foi uma competição internacional organizada pela gravadora Reven Beats, que agraciou-o com o lançamento de seu remix vencedor e a oportunidade de conceder uma entrevista à revista Eletro Vibez, especializada em música eletrônica.


Hoje, Driving Saturn conta com números impressionantes para um artista em começo de carreira. No Spotify, ele tem mais de 37 mil ouvintes mensais e 181 mil streams totalizados, tendo sido ouvido em 84 países, tudo isso segundo a própria plataforma musical.


"Eu produzo progressive house, pego muita influência do melodic house, do afro house e até mesmo do deep house, mas a minha vertente é um progressive house mais comercial. Inclusive, hoje no Brasil existem muitas pessoas que acreditam nessa sonoridade, como, por exemplo, o duo Different Stage, o Yann Camargo, o Vidro etc. É um estilo de eletrônica que bebe muito do que era forte em 2012 e 2014, aquela época de ouro do Avicii, Alesso, Swedish House Mafia etc, só que com uma roupagem mais atual, mais 'deep', que na época o som era muito estridente, e hoje a gente produz algo que pega referência da época, mas que tenha mais espaço pro baixo brilhar", comenta o músico, quando questionado sobre seu gênero de preferência na música eletrônica.


Quanto às faixas lançadas até o momento, o DJ opina: "De todas as músicas que eu já fiz, uma das que eu mais gosto é a "Take your time'; o processo dela foi muito fluido, eu abri o software, escrevi uns acordes e uma melodia e fui criando a bateria, trazendo umas influências mais do afro house pra ela, não demorei mais de uma semana nessa música. Já com a 'Stay', eu primeiro peguei o vocal e montei uns acordes em cima dele, daí montei o baixo e as percussões e, por último, fiz a melodia do ARP."







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